Antes de mais, quero agradecer o simpático convite que me foi feito por meio de um comentário no último post. Infelizmente já o li depois de dia 9, não me tendo sido possivel estar presente. De qualquer forma, resta-me o privilégio de ter o livro e de poder desfrutar dele quando quiser :) Para além disso, este livro faz-me relembrar um passado não muito longinquo onde precisei de lidar com os diversos sentimentos que se alojaram dentro de mim quando contactei com crianças em cuidados paliativos. Houve coisas que ainda ficaram por resolver aqui dentro...mas será que alguma vez vou ter respostas para todas as questões que nessa altura se levantaram? Tenho sérias dúvidas...resta-me relembrar aqueles lindos sorrisos e olhares...já mais os vou esquecer.

"O que distingue

o visivel do invisivel

não é o objecto ou o fenómeno em si

mas o sujeito que com ele interage

e que o consegue ou não observar"

Abilio Oliveira

Bem, se às vezes sinto-me péssima ao verificar a minha invisibilidade perante algumas pessoas, existem alturas em que só me apetecia ser invisivel, aos olhos de muitos dos que me rodeiam.

Superada mais uma nova experiencia...as duas noites de facto não me custaram muito, mas claro que para isso, escusado será dizer que passei o dia de ontem quase todo a dormir.

Hoje com as baterias quase recompostas, ainda deu para dar um saltinho à praia...a ver se fico mais coradinha para deixarem de dizer a repetitiva frase "tens de ir fazer análises, deves estar com alguma anemia".

Um mês depois

Os dias têm passado a correr e a noção de fim de semana já começa a desaparecer com os turnos. Continuo ainda em fase de adaptação a esta realidade.

Faz hoje precisamente um mês que comecei a trabalhar...parece que foi ontem...mas é que parece mesmo...se pudesse passava esta fase de adaptação à frente ou pelo menos o mais rápido possivel, a fim de que a insegurança que sinto pelo menos atenuasse.

Vou tentar aproveitar as duas folguinhas que tenho direito e preparar-me para as minhas primeiras duas noites seguidas...