domingo, 29 de março de 2009

Negócio, mau feitio e espera


Negocios à parte, o segundo lugar parece-me justo, veremos se no futuro não volto a repetir o feito de ficar em primeiro ;)

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Eu a pensar que era só a minha prima que tinha mau feitio a conduzir...começo a constatar que não é um mal exclusivamente dela...minhas senhoras, sejam mais solidárias.
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Por consideração a algumas pessoas vou aguardar mais uns dias para ver Underworld 3 ... mas as horas estão a contar ... também o vejo bem sozinha ;)






sexta-feira, 27 de março de 2009

As garrafas


Depois de ter tirado o pack de garrafas de água de 1,5 l do porta bagagens, só precisava de as ter levado ao destino sem nenhum precalço para depois poder ir dar uma voltinha. A companhia já esperava, portanto a pressa também ja se fazia sentir. Como a força da gravidade nem sempre ajuda, o plástico do pack rebentou, as garrafas cairam e lá foi uma a rebolar pelo passeio abaixo. Depois de ter reunido o material todo, com alguma dificuldade uma vez que a mala a cair do ombro e o amontuado de chaves que trazia na mão esquerda não ajudavam muito à concretização da tarefa. Mas lá consegui.

Após este pequeno incidente nada mais de especial aconteceu...apesar de me ter aventurado conduzir por caminhos nunca antes vistos pela minha pessoa, consegui comportar-me à altura e deixar o medo para trás das costas (ou pelo menos quase todo ele...).



Fica aqui registado que estou ruida de inveja da tua viagem ao Brasil, mas tal como a semana que te espera, também a minha vai ter alguma emoção ( que tudo nos corra bem)

quinta-feira, 26 de março de 2009

O telefonema


O telefone toca...o telefonema que tanto esperava.
Acordei meio sobressaltada (ainda com a imagem do filme que não consegui ver até ao fim) e depois de pestanejar várias vezes para conseguir ler o nome de quem me estava a ligar, lá se fez alguma luz na minha cabeça. Ainda meio a dormir, consegui carregar na tecla verde e dizer que sim a tudo o que do outro lado me perguntavam.Mas...incrivel...a mulher não me deixava quase falar (ou talvez fosse eu que tivesse com o racicionio demasiado lentificado). Em três perguntas que queria fazer só consegui fazer uma, mas claro que tive o "prazer" de ouvir "clic" do telefone do outro lado a desligar (pensando bem e definitivamente não era apenas o meu racicinio que estava lentificado, talvez a senhora também tivesse com alguma pressa...talvez...).



Bem...fica aqui registado que juro fazer os possiveis para me tornar menos distraída, evitando perder coisas por onde passo, colocar os meus pertences no cacifo da vizinha do lado, ou esqucer-me do meu caçado. Ah...vou fazer também os possíveis para não me perder em locais onde já passei 50 vezes.


New life...






quarta-feira, 25 de março de 2009

Uma boa tarde



Bem...vou tentar ser mais curta nos posts que aqui deixo :)

Depois de termos ido lavar o carro, de termos ido dar uma volta, de nos termos perdido, de termos ouvido um barulho estranho no carro, de termo tirado a tampa da jante, do barulho ter terminado, de nos termos perdido de novo e mais uma vez...ufa...finalmente chegámos ao destino - Colombo. Estavamos atrasados mas conseguimos ainda assim ser os primeiros :)


Foi um final de tarde bem passado...gostei de vos rever a todos e de saber que as coisas se estão a encaminhar...incluindo para ti menina de cor-de-rosa...vamos ver se o meu feeling está certo ;)


Ficaram ainda umas coisas para dizer, mas tudo a seu tempo...


E as medalhinhas que a irmã nos deu...pelos vistos todos valorizamos...elas têm estado sempre connosco (achei curioso, todos andarmos com elas)

terça-feira, 24 de março de 2009

Nos últimos tempos muito se tem falado de acidentes com crianças e da responsabilidade (ou irresponsabilidade) dos pais. A meu ver, penso que é necessário ter-se muita cautela em apontar o dedo as estes pais, antes de perceber tudo o que motivou o acidente.

Quando era miuda, aconteceu-me um episódio que hoje disperta alguma graça, mas há 13 anos atrás teve tudo menos graça.
Era tarde, a minha mãe e o meu pai estavam a trabalhar e por qualquer motivo que não me recordo, eu ( 10 anos ) e o meu irmão ( 5 anos) não tinhamos escola nesse final de dia. Avós e outros familiares não estavam presentes. Vizinhos, amigos e conhecidos não estavam disponiveis. Como era uma menina ajuizada (acho que ainda sou) fiquei a cuidar do meu irmão por algumas horas.

Como sempre tive uma imaginação fértil, decidi organizar um piquenique com o meu irmão na sala...almofadas para um lado,mesa para o outro, toalha no chão,enfim...um verdadeiro filme de terror para um adulto que observasse naquele momento aquela divisão. O ponto alto do piquenique eram pois os desenhos animados que estavam a dar na televisão (era um leão branco o bom da história e passava na rtp2 quando não havia mais desenhos em outros canais).

Enquanto fazia as sandes para o belo lanche o telefone toca. Com certeza que seria o meu pai para saber se estava tudo bem.
Da cozinha lancei um grito para o meu irmão atender porque eu estava ocupada.
O telefone deixou de tocar, mas estranhei não ouvir o meu irmão a falar. Dirigi-me então à sala...lá estava ele, o meu irmão, de perninha cruzada a olhar para a televisão sem um unico piscar de olhos.
- Quem era? - perguntei.
- Era a mãe.
Estranhei logo, a minha mãe não costumava telefonar, esse era tarefa destinada ao meu pai.
- O que ela queria?
- Não sei.
Disse-me "não sei" com a maior indiferença do mundo e com os olhos ainda pregados à TV.
- Não sabes como? Não falaste com ela?
- Não. Disse-lhe que a casa estava toda a arder.

O quê???????????? entrei em panico, automáticamente olhei para o telefone que estava fora do sitio...nem se tinha dado ao trabalho de o colocar de forma correcta (os desenhos animados nem eram os mais interessantes da altura, mas ele estava consumido por aquilo).
Fui directamente à agenda, para ligar à minha mãe, mas ela tinha mudado à pouco tempo de trabalho e ainda não tinhamos o número.
Telefonei então ao meu pai (coitado...nem sabia o que fazer ou dizer...) a unica solução era aguardar que ela chegasse (o seu trabalho ficava a 5 minutos da minha casa).

De salientar o facto de nesta altura ainda não haver telemoveis...mesmo que houvessem...ainda hoje a minha mãe não usa telemovel ( ainda bem para o seu salario, porque já foi comprovado que qualquer saldo que um telemovel tenha nas mãos dela, dura no máximo 3 dias).

Pensei então em ser prática...se não podia fazer nada na altura ( e espancar o meu irmão não me ia adiantar grande coisa) pensei que o melhor seria arrumar a sala antes que ela chegasse...mas tarde demais...os 5 minutos tinham passado e depois de ter subido até ao 6º andar a pé, ainda teve forças para quase destruir a fechadura da porta. Claro que vinha em panico acompanhada com uma colega.

Os bombeiros vinham a caminho e para o meu irmão não ver o triste espectaculo que tinha preparado para a vizinhança assistir, a minha mãe disse para vestir o meu irmão e o levar para o karaté. Mas tarde demais...mal tinhamos atravessado a rua, lá vinham as sirenes e os vizinhos todos com a cabeça de fora da janela.
Durante os meses seguintes o rapaz não podia ouvir uma sirene que entrava logo em stress, mas fiquem descansados que já recuperou do trauma. E eu também aprendia a lição...nunca mais fiz piqueniques dentro de casa...que vergonha...

Resumindo, os meus pais não tinham outra hipotese, eu já era grandinha, responsavel, mas não deixava de ser uma criança, com a criatividade à flor da pele e com um irmão mais novo para cuidar. Mas vou acusar os meus pais de negligencia? Vou acusá-los de serem maus pais?
Fiquei mais calminha em relação à criatividade, mas ainda tive a capacidade de quase colar os meus dedos com cola tudo...felizmente consegui ser mais inteligente ( ou não...)e telefonei ao meu pai a contar o disparate de ter andado a mexer nas coisas dele. Escusado será dizer que também aqui os desenhos animados estavam presentes.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ida ao médico


Não deixa de ser curioso ou mesmo aterrorizante quando os papeis que estamos habituados a desempenhar são invertidos.

Durante os últimos quatro anos, fui habituada a estar dentro da farda branca. Hoje o meu papel foi diferente, dirigi-me àquele hospital para ser a doente,a paciente, a utente ou ainda mais chique...a cliente. Bem, como não era o Hospital da Luz os pormenores chiques ficaram do lado de fora do portão...começando logo com lugar para o carro, terra batida ao pé de uma curva que não me inspirava grande confiança.

Tudo correu naturalmente até chamarem pelo meu nome...quer dizer...depois disso também tudo foi natural...

Após a chamada dirigi-me para a porta do consultório onde a senhora enfermeira voltou a chamar pelo nome para automáticamente me fechar a porta sem dizer qualquer outra palavra...tudo bem...sou só mais uma doente no meio de uma imensa lista, dei meia volta ao salto e fui-me encostar a uma parede que tinha um quadro exposto que nada tinha a ver com o local onde estavamos.

Depois de conseguir finalmente o meu visto para o consultório, deparo-me com um espaço pequeno mas dividido em duas partes por umas cortinas. Lá dentro estava a médica, a enfermeira, a auxiliar e a adminstrativa..."que recepção" pensei...Dizer Bom dia? para quê? ...Afinal sou só mais uma paciente. Fui encaminhada para a segunda divisão do consultorio onde estive à vontade 10 min. a ouvir a história de vida de uma outra administrativa que entretanto também se juntou ao monte.

Do fundo da sala, ouço a médica a perguntar-me "está bem disposta?" ao que respondi "podia estar mais, se nao estivesse aqui!", quer dizer...não passou de um pensamento porque o telefone tocou, a médica falou e a segunda administrativa saiu despedindo-se de toda as pessoas presentes...quer dizer...de todas menos de mim...afinal sou só mais uma utente...

E eis que, a médica consegue arranjar um tempinho para mim...mas 1 minuto depois de termos começado a falar o telefone toca...ele atende...dá umas quantas gargalhadas e desliga...

Após consulta médica realizada, a excelentissima enfermeira dirige-se então pela segunda vez a mim (relembrando que a primeira foi para dizer o meu nome), referindo que após sair do consultorio devo retirar a senha D para ir pagar a consulta...de facto aqui senti-me uma verdadeira cliente...o eurozito dá sempre jeito e por isso é importante não esquecer.



Tudo o que eu não quero ser

Voltando à Realidade


A propósito do mail sobre o Miguel...acaba por ser curioso como o motivo que o fez partir (aneurisma) se poderá tornar numa vivência futuramente diária para mim (neurocirurgia).Foste dos primeiros a acreditar em mim naquele quartel...e adivinhaste...fiquei mesmo em primeiro...Obrigada.
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Irrita-me quando as pessoas não são sinceras e irrita-me ainda mais quando não têm motivo para isso.

Irrita-me quando as apanho nas suas mentiras.

Isso irrita-me sobretudo pela desilusão que fica, porque deixam de ter a beleza que tinham, porque deixam de ser especiais como eram ... e tudo isso para quê?

domingo, 22 de março de 2009

Novembro 2008

Para ti minha "Leonor" que despertaste em mim uma norme ternura e me ensinaste como tantas vezes podemos ser ingratos com a vida que temos.

Conheci a Leonor numa manhã de Novembro, era a minha mais recente doente. Atravessei o corredor na expectativa de conhecer mais uma criança, como seria a Leonor?
Assim que cheguei ao quarto lá estava ela, sentada na cama, com um olhar timido, acompanhada pela mãe.Estava à minha espera apenas para que lhe tirasse o soro para ir tomar banho. Disse-lhe "olá" e cumprimentei-a com um sorriso, apresentei-me, mas ela muito timida nada disse, deixando apenas que a mãe respondesse por ela. Dormiste bem?instisti eu...ela respondeu-me afirmativamente com a cabeça....cheguei-me perto dela e e disse-lhe "nao ouvi bem...as vezes sou um pouco surda" e com um sorriso ouvi pela primeira vez a sua voz "sim".
No decorrer do turno, ela começou por me procurar na sala de enfermagem, entrava e perguntava se se podia sentar ao pé de mim, já me chamava pelo nome e com o decorrer do tempo começava por manifestar a tristeza que sentia por não ter ninguem da sua idade para brincar.
A sua doença? Quase parecia não ter sentido para ela...aparentemente uma menina saudável, mas havia-lhe sido diagnosticada à pouco tempo Fibrose Quistica...uma doença rara, que por ser rara poucos a conhecem, no entanto uma doença tanto ou mais ingrata como por exemplo uma Diabetes que tanta gente fala.
Leonor não tem noção que a sua esperança média de vida está calculada até aos 30 anos de vida....como é possível???como é possível dizer isto a uma mãe???como é possivel dizer isto a uma criança???como é possivel curtar as asas a uma meninas tão doce e meiga como a Leonor...como???

Passei cerca de duas semanas com a Leonor nos Hospital, a sua mãe ao seu lado, era o maior apoio que Leonor poderia ter....aquela mulher que apesar de tudo trazia sempre um lindo sorriso no rosto, mesmo quando chorava....A força daquela mulher, era sem duvida aquela princesa a Linda Leonor.
No último dia que estive com a Leonor...falei com ela sobre a vergonha que ela sentia em tossir à frente das pessoas tal como a insistente recusa alimentar que tinha motivada pela doença. Fizemos exercicios e rimos juntas e espero que tenha conseguido mostrar-lhe que não tem de ter vergonhada do que toda a gente faz naturalmente "tossir". Falámos da escola, dos colegas e do professor. No final, pediu-me para que não contasse nada à sua mãe...o porquê? porque não queria ver a sua mãe sofrer... A Leonor ainda não sabe do que realmente se trata a doença que tem, não conhece as incapacidades que esta lhe trará e ainda não sabe da força que vai ter de ter no futuro. A Leonor é uma menina Linda como tantas outras, mas foi a menina que me fez crescer...é a menina que eu nunca vou esquecer...

10-04-07

Por um caminho desconhecido corro, ando...páro...escuto e tento perceber o que me trouxe aqui e quem realmente sou.Não chego a nenhuma conclusão...sigo em frente mas o receio do desconhecido,o medo de sofrer ainda não me deixou.

5-02-07 Obrigado




Obrigado por tudo o que me ensinaste.Obrigado pelo apoio que me deste em alguns dos meus momentos dificeisObrigada pelo incentivo que me deste nos momentos importantes para mim
Obrigado por todos os sorrisos que me davas sempre que me vias.
Obrigado por todas as gargalhadas que dei graças a ti
Obrigado por teres amado os bombeiros e por teres feito de nós também a tua familia Hoje a vestir a farda...aquela que me deste, não pude deixar de me sentir revoltada e de questinar o porquê ter de ser agora... porquê? tinhas ainda tanto para fazer... olhei para a camisa...ficaste de me dar uma o tamanho abaixo assim que tivesses.
Espero que a homenagem tenha sido a tua altura.
Descansa em Paz * Miguel Almeida *

21-11-06 Ser Feliz


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa




Iniciando

Uma vez que não me orientei com o meu antigo blog, dou inicio a mais um conjunto de retalhos da minha vida. Hoje dei por mim, profundamente irritada, a ler antigos posts de antigos blogs e chego à conclusão que há mesmo coisas que não mudam...Decidi por isso dar inicio a este meu blog, com alguns posts antigos que de certa forma me marcaram. Não que outros não me tenham marcado...mas há coisas e pessoas que não quero esquecer e que fazem hoje parte de mim, como faziam há dias,meses e anos atrás...