segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


Hoje apetece-me escrever...como não quero e não devo escrever aquilo que não me sai da cabeça, la vou soltando aqui uns quantos desabafos.

"As pessoas estão a desabituar-se de pensar; e quando chegam a conclusões diferentes das da maioria, acham que se enganaram."
António José Saraiva

Ora aqui está...é isto mesmo que agora sinto. Se bem que tenho a diferença da minha tutora concordar comigo...ou melhor...ela quer à força que concorde com ela...o pior é que antes de lhe dizer o que quer que fosse já eu concordava...ai... sim senhor António...às vezes mais vale parar de pensar, porque pensar em disparates só faz mal à cabeça e ao coração.

"Ao longo da vida vamos frequentando locais diferentes, conhecendo pessoas diferentes, fazendo amizades diferentes - e, embora as memórias desses encontros perdurem pela vida fora, e os amigos continuem a ser amigos, não deixa de ser verdade que o tempo faz as suas mossas e os sentimentos se diluem. Dito de um modo mais cru, as amizades - regra geral - correspondem a épocas da nossa vida e vão perdendo significado. Os amigos têm um espaço e um tempo. Poucos amigos são eternos."

José António Saraiva, in Tabu n.º172


Aqui sim concordo...Já foram tantos os amigos que fiz e que de uma forma ou de outra foram ficando para trás. Lembro-me dos meus amigos da velha aldeia, aqueles com quem fazia cabanas, andávamos de bicicleta, partilhávamos segredos e asneiras, todos os Verões tínhamos o mesmo ponto de encontro e lá estávamos sempre nós, recordo-me de cada cara de cada nome e de muitas aventuras partilhadas. Agora, são breves as noticias que vamos tendo uns dos outros.

Recordo algumas grandes amigas da primária e da preparatória, que sendo dignas de toda a minha amizade pelas circunstancias da vida ficaram para trás...delas recordo as brincadeiras, as gargalhadas libertadas em alta voz e as cartinhas escritas quando a distancia nos quis começar a separar.

Da faculdade recordo cada momento de boa disposição, cada final de turno...aqueles dias em que só apetecia chorar logo pelas 7h30 onde nos encontrávamos à porta do serviço receosas de tudo o que nesse dia poderia acontecer.
Recordo os momentos felizes e também as desilusões que levaram de mim mais umas quantas amizades que eu julgava para a vida.

Dos Bombeiros...bem dos bombeiros, guardo cada friozinho na barriga e cada abraço trocado para nos apoiarmos cada lágrima que deixámos cair ( e não foram assim tão poucas quanto isso). Também ali deixei grandes amigos...uns que mantenho, outros que se foram com o vento.

No Ballet, Musica e Natação neste momento nada resta...apenas as belas recordações de cada palco pisado e de cada piscina nadada na tentativa de vencer mais uma medalha, ou simplesmente porque queria ser eu a mais rápida.

Do trabalho...bem...é cedo demais para falar, porque são eles o meu presente, e neste momento ainda são eles uns quantos. Deixam de ser colegas de trabalho para serem amigos, amigos que se pegam para revelar segredos, sentimentos ou simplesmente para ir ao cinema ou grandes jantaradas...são amigos do presente e espero que do futuro...um dia se saberá.

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