terça-feira, 2 de fevereiro de 2010



24 aninhos feitos com direito a trabalhar de 31/01 para 1/02.
Entrada às 22h30, cheguei cedo mas consegui ser a última a fardar-me e a entrar dentro da unidade graças à Maggie que me desencaminhou.
A passagem de turno deve ter demorado uns 10 minutos...com 4 doentes na unidade e felizmente a maioria estavel os senhores enfermeiros estavam em paz :) - efeitos ainda da greve e da adesão de 100% que se fez sentir não só na unidade como no bloco.
As 23h o "Edmundo" passa sorrateiramente atrás de mim e diz "Já só falta uma hora...". Passados uns momentos de descontracção...o pessoal da tarde foi-se dispersando até sairem da unidade.
Fui ver como estava a minha doentinha...a minha unica doente atribuida, a unica ventilada, a que eu tenho acompanhado desde a sua saída do bloco da urgencia. Fiz-lhe a primeira avaliação, troquei uns sistemas e fui até à nossa sala de pausa quando...estava tudo reunido, uns para sairem, mas outros firmente estacionados para se manterem lá por tempo indetermidado, "Maggie" e "Edmundo" desta feita.
Informaram-me portanto serenamente que iam ficar até à meia noite para comerem o bolo que eu tinha levado e que por sinal era lindo :)
Tomei a liberdade de me ausentar do serviço com eles por uns momentos eis quando vejo a "Fifi" a juntar-se a nós...Eu não podia acreditar, a moça saiu de casa em Alverca para vir passar a meia noite comigo...sem palavras...
Ainda tive tempo para ter uma conversa com o "Edmundo" sobre pediatria e crianças só para não me esquecer do quanto elas me fazem bem...e pelos vistos a ele também... Como não podia deixar de ser o mar e a natação também entraram na conversa.
Chegada a meia noite, chamei os meus colegas que trabalhavam (enquanto eu estava na palhaçada) para virem comer o belo do bolo. Não esperava era ter direito à famosa musikinha de parabens concluida com o barulho de uma garrafa a abrir...eles não se esqueceram de nada...
No final tive ainda direito a prenda, mas a maior prenda foi sem duvida sentir os efeitos da amizade que estamos todos os dias a construir, não há nada que pague e não há palavras dignas de descrever o que é esse sentimento.
Regressei à unidade à 1h pronta para trabalhar...correu tudo muito bem e até a minha doente me presenteou, mexeu as pernas como eu já há muito tempo não via fazer.

Ele tinha razão...não havia ondas mas a praia estava simplesmente maravilhosa e os pormenores fizeram toda a diferença.

De realças a prenda dos meus pais que eu nem tenho coragem de referir o que foi, apenas dizer que me vai dar muito trabalho...

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